Maria do Nascimento e Ana Matias, pediram a libertação dos esposos detidos |
Bombeiros e policiais civis e militares do Rio decidiram ontem, em assembléia, suspender a paralisação iniciada na quinta-feira (9). A Defensoria Pública do Rio vai impetrar pedidos de habeas corpus e de transferência para os 27 policiais e bombeiros presos sob acusação de incitar a greve no Rio.
Mães e mulheres dos detidos pediram a intervenção da Defensoria porque temem pela segurança dos grevistas encarcerados desde sexta-feira. "Nosso foco não é mais a greve. Queremos tirar nossos parentes desse presídio. As visitas estão proibidas. Essa prisão parece um sequestro para as famílias, porque não sabemos como os presos estão", afirmou Ana Paula Fernandes Matias, 29 anos, mulher do sargento Matias, um dos detidos.
A assembléia foi realizada na Lapa, no Centro da cidade. Na noite de quinta, cerca de duas mil pessoas haviam aprovado a paralisação. Juntas, as categorias somam 70 mil pessoas.
Segundo a corporação, continuam presos em Bangu 1 nove bombeiros que tiveram a prisão decretada por envolvimento na greve. O cabo Benevenuto Daciolo também segue detido no mesmo local. Os oficiais pedem piso salarial de R$ 3,5 mil e a liberdade do cabo Daciolo, flagrado em escuta telefônica organizando greve na Bahia.