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SÃO JOSE DE MIPIBU/RN

ECONOMIA


MPF PEDE QUE O BC FISCALIZE O BNDES POR CAUSA DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE.





O Ministério Público Federal (MPF) requisitou ao Banco Central (Bacen) que faça operação de fiscalização no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para analisar todas as operações de crédito referentes à usina hidrelétrica de Belo Monte. O MPF deu 90 dias de prazo para que o Bacen conclua a fiscalização.

Conforme a requisição enviada no final de outubro, deverão ser analisadas “todas as operações de crédito já realizadas e as em análise pelo BNDES relativas aos empréstimos/financiamentos tendo como beneficiária a Norte Energia S/A para a construção do empreendimento e a respectiva verificação do cumprimento das normas do Conselho Monetário Nacional e do próprio Banco Central”.
Até agora, o BNDES já celebrou dois contratos com a Norte Energia tendo como objeto Belo Monte. No total, a empresa já obteve R$ 4,7 bilhões em financiamento, dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador e do Fundo de Participação Pis/Pasep, sendo que o repasse de uma parte desse valor está condicionado à aprovação do empréstimo total. O pedido global de crédito para Belo Monte deve ficar entre R$ 20 e R$ 35 bilhões.






BC incentiva crédito no momento em que dívida de brasileiro bate recorde



O governo volta a incentivar crédito para consumo no momento em que os brasileiros estão mais inadimplentes, de acordo com dados do Banco Central. Desde a crise de 2008, quando o governo aumentou a oferta de crédito para manter a economia aquecida, a dívida total dos brasileiros saltou 80,7% e o valor das parcelas pagas mensalmente cresceu 60%. Enquanto isso, o salário aumentou bem menos: 33,3%. Dados do Banco Central revelam que o endividamento das famílias está no nível mais alto da história: pessoas físicas devem cerca de R$ 715,19 bilhões aos bancos em operações das mais simples, como o microcrédito e o cheque especial, até financiamentos longos, como o imobiliário e de veículos, passando pelo caro cartão de crédito. Seria como dizer que, na média, cada um dos mais de 192 milhões de brasileiros deve atualmente R$ 3.724 às financeiras e bancos. No início da crise passada, quando o Brasil tinha 2 milhões de habitantes a menos e o governo ainda não havia incentivado o crédito, o endividamento médio era de R$ 2.093. A informação é do jornal O Estado de São Paulo





ARRECADAÇÃO BATE RECORDE PARA O MÊS DE OUTUBRO INFORMOU A RECEITA



A arrecadação federal, que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties, totalizou R$ 88,74 bilhões em outubro deste ano, informou nesta sexta-feira (18) a Secretaria da Receita Federal. Com isso, a arrecadação bateu novo recorde para meses de outubro.

A série histórica da Receita tem início em 1995. A Receita Federal informou ainda que este é, pelo menos, o décimo mês consecutivo no qual a arrecadação bate recorde na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado de outubro foi influenciado pela arrecadação de R$ 1,5 bilhão do Refis da Crise.

Na comparação com outubro de 2010, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de 9,05%. Embora o crescimento tenha permanecido, o ritmo da expansão segue baixo. Pelo terceiro mês consecutivo, ficou abaixo de 10% de expansão. G1 ECONOMIA




Por Miriam Leitão,

Crise pode atravessar o Atlântico através dos bancos

Os países europeus vão trocando de governo, mas os problemas continuam. Portugal, Grécia, Irlanda, Itália e, agora, Espanha. Sarkozy que se prepare.

Na Espanha, está aumentando muito a taxa de juros cobrado do país pelo mercado. A taxa se aproxima do ponto considerado crítico, quando outros países pediram resgate, mas é a ansiedade antes das eleições. Quando o novo governo entrar, pode se dissipar um pouco. O país tem problemas graves e precisa de estabilidade econômica para combater o desemprego.

A França está numa situação difícil; sem merecer a nota, ainda é AAA. Ninguém mais acredita que é livre de risco. Comprar proteção ao risco francês (CDS) está mais caro, em 236 pontos. Isso significa que, se você tem títulos de 10 milhões de euros, por exemplo, paga 236 mil euros por ano para garantir esses papéis.

E a crise começa a atravessar o Atlântico. Bancos dos EUA estão mais expostos aos títulos dos países mais fortes da região do que aos dos periféricos, incluindo aí a Itália. Seis bancos americanos compraram 180 bilhões de dólares em papéis de instituições francesas. Ou seja, se a crise chegar à França, atravessa o Atlântico. É preciso detê-la, porque terá uma hora em que contaminará outros países.

Outro dado importante é a fuga de capitais da Europa. Dinheiro saindo de lá para outros mercados, o que pode enfraquecê-la. Foram 20 bilhões de dólares em duas semanas. É muita sangria para um continente enfraquecido.